Passando pra propagar informações [ou concepções]
Natal, a metrópole provinciana
“Viver aqui é sonhar”, a frase era parte de uma música de divulgação turística de Natal. Uma vinheta, como diriam os sempre muito modestos profissionais da publicidade, que fez sucesso há uns dez anos ou mais. Muita gente boa acredita e cultiva esse lugar-comum. Embora as evidências de que o sonho esteja se transformando em pesadelo não sejam poucas.
Natal é um assentamento humano de cerca de oitocentas mil pessoas. Espremidas em um território ambientalmente frágil, incorporado vorazmente pelo setor imobiliário, essas pessoas estão cada vez mais contaminada pelo vírus do stress urbano. A malha viária, ainda em parte herança deixada pela presença militar norte-americana na Segunda Guerra mundial, é simplesmente incapaz de suportar uma frota que cresce de forma geometricamente. Ajunte nesse quadro a ausência de saneamento básico em mais da metade do assentamento pomposamente anunciado como a Cidade do Sol.
A moldura, entretanto, só fica completa quando você se refere ao “espírito” que domina o lugar. Ou, se você é do, deixe-me ser um cadinho sarcástico, campo das humanidades, à “subjetividade coletiva” natalense. Se levarmos essa dimensão em conta, teremos, como diria aquela minha prima marxista, uma superestrutura perfeitamente adequada à infra-estrutura urbana de Natal.
Natal é como a Viúva Porcina, personagem da novela Roque Santeiro, representada magistralmente pela atriz Regina Duarte, cuja apresentação era “aquela que foi sem nunca ter sido”. Assim é a Natal metropolitana: a que foi sem nunca ter sido. A ausência de um espírito (vá lá, um ethos), não diria nem metropolitano, mas citadino, pesa fortemente nestas plagas. Tornando a vida social uma coisa bem dolorosa.
Por isso, uma simples ida ao supermercado pode ser motivo para um stress daqueles. Um encontro com a boçalidade e a truculência é o que você pode ter ao se dirigir a um estabelecimento comercial. As pessoas se comportam na fila do caixa como se estivessem disputando uma corrida de jumento. A mentalidade é a mesma!
E os rebentos da bem nutrida classe média local, devidamente cevada nas tetas da sempre generosa Viúva? Oh! Estes produzem exemplos de incivilidade que me deixam sempre perplexo. Comportam-se como os filhinhos dos coronéis interioranos de antanho: como se o espaço público fosse o roçado do painho... Ao invés do “espírito da Cidade” moldar-lhes a subjetividade, o seu espírito é que colonizou as paisagens urbanas da cidade. O resultado é uma grande cidade interiorana... no litoral.
Natal é um assentamento humano de cerca de oitocentas mil pessoas. Espremidas em um território ambientalmente frágil, incorporado vorazmente pelo setor imobiliário, essas pessoas estão cada vez mais contaminada pelo vírus do stress urbano. A malha viária, ainda em parte herança deixada pela presença militar norte-americana na Segunda Guerra mundial, é simplesmente incapaz de suportar uma frota que cresce de forma geometricamente. Ajunte nesse quadro a ausência de saneamento básico em mais da metade do assentamento pomposamente anunciado como a Cidade do Sol.
A moldura, entretanto, só fica completa quando você se refere ao “espírito” que domina o lugar. Ou, se você é do, deixe-me ser um cadinho sarcástico, campo das humanidades, à “subjetividade coletiva” natalense. Se levarmos essa dimensão em conta, teremos, como diria aquela minha prima marxista, uma superestrutura perfeitamente adequada à infra-estrutura urbana de Natal.
Natal é como a Viúva Porcina, personagem da novela Roque Santeiro, representada magistralmente pela atriz Regina Duarte, cuja apresentação era “aquela que foi sem nunca ter sido”. Assim é a Natal metropolitana: a que foi sem nunca ter sido. A ausência de um espírito (vá lá, um ethos), não diria nem metropolitano, mas citadino, pesa fortemente nestas plagas. Tornando a vida social uma coisa bem dolorosa.
Por isso, uma simples ida ao supermercado pode ser motivo para um stress daqueles. Um encontro com a boçalidade e a truculência é o que você pode ter ao se dirigir a um estabelecimento comercial. As pessoas se comportam na fila do caixa como se estivessem disputando uma corrida de jumento. A mentalidade é a mesma!
E os rebentos da bem nutrida classe média local, devidamente cevada nas tetas da sempre generosa Viúva? Oh! Estes produzem exemplos de incivilidade que me deixam sempre perplexo. Comportam-se como os filhinhos dos coronéis interioranos de antanho: como se o espaço público fosse o roçado do painho... Ao invés do “espírito da Cidade” moldar-lhes a subjetividade, o seu espírito é que colonizou as paisagens urbanas da cidade. O resultado é uma grande cidade interiorana... no litoral.
li lá no : Blog do Edmilson
Bola, visita meu blog: http://pasargadabr.blogspot.com
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