Olá, olá, olá caros amigos... Pessoas, sujeitos, indivíduos, atores ou como preferirem... Tudo Bem com vocês? Espero que sim!
Pois bem! Volto aqui neste fim de feriadão (que mais uma vez fui tomado por um espírito capitalista e passei o feriadão trabalhando) e agora aqui estou pra compartilhar conclusões...
A música que trarei hoje é de Engenheiros do Hawaii, banda que, assim como os outros autores, também me cativa muito com suas interpretações sobre especificidades tais como: relações humanas, individualismo dentre outros pontos de igual importância sociológica, digamos...
Sobre eles: Engenheiros do Hawaii é uma banda brasileira de rock and roll, formada em 1984 na cidade de Porto Alegre, que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O vocalista Humberto Gessinger é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje. (Dizem que o cara é chato pá cara***, por isso que somente ele, é o único da formação original.) Então, diferentemente das outras músicas recentes, essa não trouxe, antes um aperitivo, pelo fato de que a música em questão vai tratar de contradições, algumas irônicas, algumas que já ocorreram durante a história da humanidade [discurso de construção da verdade] e algumas que ate hoje ainda são frequentes.
Então... Lá vamos nós...
Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger / Augusto Licks
Eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
do alto de uma torre
eu vi a terra
em transe profundo
todo mundo era poeta
todo mundo era atleta
todo mundo era tudo
"DO IT YOURSELF", diziam
"O CÉU É' O LIMITE", acredite
é um pesadelo
não consigo acordar
eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
eram várias variáveis
um vírus voraz no computador
sem rumo:
na contramão do fim da história
em resumo:
o sonho é OVER (OVERNIGHT)
é um pesadelo
não consigo acordar
O SUPRASUMO DA CONTRADIÇÃO
clichês inéditos
déja vu nunca visto
esquerda light
diet indigestão
jagunço hi-tech
perua low profile
cabelo vermelho Ferrari
jóia rara para a multidão
eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
tudo andava tão caído...
eu andava por aí
sem rumo:
sem rima nem refrão
em resumo:
não tive culpa nem perdão
eu tive um pesadelo
tive medo quando acordei
tudo faz sentido
agora que tudo acabou
o céu andava meio caído
antes mesmo de desabar
turistas vorazes
(voyeur)
levavam pra casa
desertos e oásis num vídeo k7
anjos em queda livre
o céu abaixo do nível do mar
foi só um pesadelo
um peso pesado caído na lona
! o castelo de areia desmorona !
(paz na terra em transe profundo)
foi só um pesadelo
paz
na terra
em transe
profundo
(CONTRA A TRADIÇÃO: A CONTRADIÇÃO)
overdose homeopática
ode ao que se fode
humildade
(com "H" maiúsculo e dourado)
enfant terrible veterano
calendário eterno
fuso anti-horário
luz difusa
confusa explicação
tara relax
safe sex
disneylândia dândi
(a grande guerra)
pantanal new age
bacanal cristão
fanatismo indeciso
fanática indecisão
em resumo: ET CETERA e tal...
Meio que totalmente intrigante essa música,(rs) eu pelo menos acho ela categórica ao tratar de tantos assuntos, de "domínio público" e de forma tão escraxada e irônica. Relacionando palavras chaves de sentidos antagônicos o autor vai compondo a música, entretanto, como dito antes, mesmo sendo antagônicos os termos usados [das distinções das ações que ele trata na música, e sob uma óptica "leiga" [senso comum] não enxerga-se combinação alguma entre os termos, prefere-se acreditar no peso irônico da frase, porém... não é de ironias que trata a reflexão que ela [a música] nos proporciona .Tentarei explicar-me a seguir.
"Eu vi a terra em transe profundo". Já no inicio,ele vem tratar de um transe ao qual relaciona-se, no decorrer da música, ao que se entende com a alienação como a conhecemos conceitualmente nos dias contemporâneos. O transe ao qual ele se refere é aquela inércia provocada e mantida pela conveniência gerada pelo "capital" que propõe a individualização das pessoas. "Todo mundo era poeta todo mundo era atleta todo mundo era tudo”. "DO IT YOURSELF", diziam "O CÉU É' O LIMITE", acredite." Todo mundo era tudo, todos podem ser tudo! É só ter... “(money , status, influência...) E para respaldar o que disse anteriormente sobre a lógica do "capital" encontramos uma das máximas do mesmo com o “DO IT YOURSELF“[Faça você mesmo] (ignore os outros, você não precisa deles! "a tradução"), O CÉU É O LIMITE, ACREDITE. Pois bem, me sinto contemplado nessa questão individualizante.
E aqui começa o bombardeio de contradições: "Clichês inéditos, déja vu nunca visto, esquerda light, diet indigestão, jagunço hi-tech, perua low profile, cabelo vermelho Ferrari, jóia rara para a multidão." Afinal, para o clichê existir ele tem que ter sido inédito um dia, quanto à "esquerda light", arrisco dizer que o Humberto [compositor] teria certa clarividência, pois, já nos anos 80 enxergava essa quebra de conduta da "esquerda" política Brasileira assim como a citação "jagunço hi-tech" [nesse caso o Cazuza já falava em "ver TV na taba de um índio".] E finaliza falando, de forma não tão clara talvez, em igualdade, porém, óbvio como uma contradição. Ora! "jóia rara para a multidão?".
"Tudo andava tão caído... eu andava por aí sem rumo: sem rima nem refrão em resumo: não tive culpa nem perdão...".Gosto, particularmente, dessa passagem. Me remete, mais uma vez ,ao discurso de construção da verdade, afinal, não tive culpa nem perdão (partindo do pressuposto da liberdade...)
"Tudo faz sentido agora que tudo acabou. O céu andava meio caído antes mesmo de desabar. Turistas vorazes (voyeur) levavam pra casa, desertos e oásis num vídeo k7. Anjos em queda livre. O céu abaixo do nível do mar". Lá vem ele de novo com lógicas capitalistas, na ocasião tratando dos turistas, (que, por acaso ,serão discussão de uma outra "musicosociologia") tratando do mercado onde tudo é transportado, assim como um deserto ou um oásis. E o céu abaixo do nível do mar...
E agora pra acabar, mais um bombardeio de contradições as quais ressaltarei algumas na sequência: "(CONTRA A TRADIÇÃO: A CONTRADIÇÃO) Overdose homeopática, ode ao que se fode, humildade (com "H" maiúsculo e dourado). Enfant terrible veterano, calendário eterno, fuso anti-horário, luz difusa, confusa explicação. tara relax, safe sex, disneylândia dândi (a grande guerra). pantanal new age, bacanal cristão, fanatismo indeciso, fanática indecisão em resumo: ET CETERA e tal..." Primeiro, ( e que gosto muito de usar) "Humildade, com "H" maiúsculo e dourado". Nesse caso o interessante é que não é normal encontrar tal colocação no cotidiano, nada que não se compare a falsa modéstia, não que eu use da falsa modéstia (a não ser no back), o que realmente gosto é de empregar essa colocação no dia a dia, por isso gosto de usar essa expressão. E dai por diante, "enfant terrible veterano" Criança, terrível veterana; moleques dos morros por exemplo. "Confusa explicação" .Aqui, no caso ,coloquei porque lembra muito minha situação na sala de aula (rs). Em relação à próxima colocação para esclarece sugerirei um livro, a expressão: "Bacanal cristão", O livro: A vida sexual dos papas. E "em resumo: ET CETERA e tal...
Pois bem meus caros, essa era a contribuição, que extrai da música e que poderei deixar para os colegas por hora (Tô morto passei o feriadão trabalhando, mas num deixei de estar aqui, escrevendo. Podia ta matando, roubando, mas não! estou aqui escrevendo rsrsrsr)
Porém, contudo, todavia, entretanto, levando em conta que: não sou de ferro! Ir-me-ei.
À tod@s um cordial abraço!
No mais... Inté quando dé!
Pow Bola, irada essa sua análise sobre a música, viajei agora ...
ResponderExcluirnão farei comentários pq vc mesmo já os fez e muito bem.
mas acho que é isso mesmo, a letra circula sobre questões do presentes bem antigas não é ?!
(esse "binarismo" pegua shaushauh)
O consumismo é explicitamente escraxado na música, onde o seu sonho é do tamanho do seu bolso, o Céu é o limite e o Céu está abaixo do nível do mar.
gostei da postagem Bola ... do Igapó, Porém, contudo, toda via, entretanto, levando em conta que: não sou de ferro! Ir-me-ei dizer que você usa da falsa modéstia, ou melhor vc se acha! estais usando a frase em vão, estais blasfemando meu filho.
kkkkkkkkkkkkkkkkk
cordial abraço!
kkkkkkkkkkkkkk
usei de suas palavras para não ter perigo de vc não aceitar o post
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk
vlw bola!
HAUHAUhauhuah
ResponderExcluircomo vc não ia comentar se vc já comentou??
hauh
e não cara não é falsa modestia, tanto que é a única coisa que sei que faço bem e explicito ser isso a unica coisa... HAHA
mas tá valendo pastel!
"Na música a sociologia sempre se confunde... no social musicando se resume o particular que não se finda, mas se funde..." - MeUmErMo
ResponderExcluirTenho sempre acompanhado as análises "sociológico-musicais" {ainda gosto do hífen} desse espaço de discussão e, especialmente, nessa música, achei bem interessante esse trecho: humildade (com "H" maiúsculo e dourado) pra mim reflete bem essa pseudo modéstia que perdura na sociedade, quando a humildade tem sua ressignificação perante aos indivíduos, em suas particularidades, mas ainda em um status quo ante bellum. Maiúsculo e dourado, imponente e vaidoso como a própria humildade jamais será, se pensar humilde, sem o ser... Filosofando aqui mais do que "sociologando". Penso ser a própria mais até do que o conceito que a define, basta não a ter e que se revelem as facetas verdadeiras dos atores dessa falsa construção da verdade, verdade verdadeira sem um pingo de humildade, como o ser humano se espelha em ser humilde pra contemplar sua própria vaidade... Na humildade mesmo, só desejo ser mais humilde...
Como ser humilde? No meu livro de biologia estava escrito que somos os melhores.
ExcluirMas ainda, pra que servem mensagens de auto-ajuda mesmo?