Passando por aqui rapidinho para adiantar algo que já foi na frente rsrsr (complicado né?). Pois bem, mais cedo eu fiz um post sobre a musico sociologia a qual o blog se propõe trabalhar, entretanto tive um pequeno problema com o vídeo que iria no post (o mesmo ainda está em processamento) de modo que ficou inviável postar sobre uma música dissertando-a sem a própria (assim fica difícil)
Porém, aproveitarei o ensejo para explicar melhor um dos pontos de argumentos deste próximo post o qual se refere em partes a Cordialidade segundo Sérgio Buarque de Holanda
O Homem Cordial: Para Sérgio Buarque, o Estado não é uma continuidade da família. uma característica presente no seu modo de ser: a cordialidade. Porém, cordial, ao contrário do que muitas pessoas pensam, vem da palavra latina cor, cordis, que significa coração. Portanto, o homem cordial não é uma pessoa gentil, mas aquele que age movido pela emoção no lugar da razão, não vê distinção entre o privado e o público, ele detesta formalidades, põe de lado a ética e a civilidade. Dá o exemplo de tal confusão com a história de Sófocles sobre Antígona e seu irmão Creonte, onde havia um confronto entre Estado e família. Houve muita dificuldade na transição para o trabalho industrial no Brasil, onde muitos valores rurais e coloniais persistiram. Para o autor as relações familiares ( da família patriarcal, rural e colonial), são ruins para a formação de homens responsáveis. Até hoje vemos uma dificuldade entre os homens detentores de posições públicas conseguirem distinguir entre o público e o privado."Falta ordenamento impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático”. A contribuição brasileira para a civilização será então, o “homem cordial”. Cordialidade esta que não é sinônimo de civilidade de polidez, mas que vem de cordes, coração. |
A impossibilidade que o brasileiro tem em se desvincular dos laços familiares a partir do momento que esse se torna um cidadão, gera o “homem cordial”. Esse homem cordial é aquele generoso, de bom trato, que para confiar em alguém precisa conhece-lo primeiro. A intimidade que tal homem tem com os demais chega a ser desrespeitosa, o que possibilita chamar qualquer um pelo primeiro nome, usar o sufixo “inho” para as mais diversas situações e até mesmo, colocar santos de castigo. O rigor é totalmente afrouxado, onde não há distinção entre o público e o privado: todos são amigos em todos os lugares. O Brasil é uma sociedade onde o Estado é apropriado pela família, os homens públicos são formados no círculo doméstico, onde laços sentimentais e familiares são transportados para o ambiente do Estado, é o homem que tem o coração como intermédio de suas relações, ao mesmo tempo em que tem muito medo de ficar sozinho.
Bom pessoas, atores, sujeitos... ou como acharem melhor... Por hora é isso!
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