segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ferias?

    Olá, olá, olá caros amigos... Pessoas, sujeitos, indivíduos, atores ou como preferirem... Tudo Bem com vocês? Espero que sim!


E aê? Como foi o Fim de Ano ? ( O meu foi descansando...)
Passando só pra dizer que tô vivo...
E trabalhando muito... =(
Mas... Estamos ai!
(Em breve isso vai mudar... hohohoh[risada maligna])




Ouvi essa música esses dias e lembrei me de como gosto da troca de lugar das palavras ...





Construção
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque


Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague

2 comentários:

  1. Passando aqui só pra Filosofar (colocar em "prática" o que estudo tanto )e aproveitando o gancho do término de semestre que estudei Hegel , deixo um trecho :

    "O que principalmente caracteriza a música é o vai e vem , a subida e a descida ,movimentos harmónicos e melódicos , a progressão mais ou menos retardada , mais ou menos acelerada , ora profundamente penetrante e incisiva , ora ligeira,fluente, em suma a elaboração de uma melodia por todos os meios musicais , o acorde engenhoso dos instrumentos e na consonância , sucessões ,alternâncias,perseguições recíprocas." (Hegel)

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  2. Essa é uma das melhores de Chico. Foi assim que comecei a apreciar o trabalho do coroa... Mas essa é a vida da maioria dos brasileiros, trabalhando, trabalhando, trabalhando e nunca tendo dinheiro de verdade. Estou até escrevendo uma coisa sobre isso, sobre o dinheiro no bolso so brasileiro, ou melhor, sobre a falta do mesmo. Fazendo outro blog também, pra postar esse tipo de coisa.

    Beijos, se cuida.

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